A HISTÓRIA DO
JORNALISMO NO BRASIL
Por Serg Smigg
“Jornalismo é a atividade profissional que
consiste em lidar com notícias, dados fatuais e divulgação de informações.
Também define-se Jornalismo como prática de coletar, redigir, editar e publicar
informações sobre eventos em geral. Jornalismo é uma atividade de Comunicação,
especialmente pública.”
A descrição acima é facilmente encontrada na
Internet; neste caso, no endereço da Wikipedia. E leva a uma visão geral das
atividades encontradas dentro do conceito de jornalismo. Entretanto, ao se
aprofundar um tanto mais no tema, é possível verificar que o termo adquiriu
abrangência extrema ao longo do tempo.
Início
Até a independência de Portugal, as atividades jornalísticas no Brasil eram ocasionais. Como colônia, o país não poderia instituir sequer escolas superiores. Apesar disso, alguns estudiosos consideram as cartas pessoais, trocadas entre colonizadores e seus parentes do além-mar, como expressão de uma espécie de jornalismo embrionário. Sob esse raciocínio, muitos desses observam que a carta de Pero Vaz de Caminha apresenta características bastante próximas das do jornalismo.
A chegada da Família Real, que buscou na sua
maior colônia o refúgio necessário das tropas de Napoleão, foi um marco de
desenvolvimento geral para o Brasil de então. Por decreto do príncipe regente
D. João, oficializou-se a divulgação de notícias diversas no País, em maio de
1808. Em princípio, eram mais informes políticos, mas o interesse público fez
ampliar a abrangência da instituição, dando origem posteriormente a empresas da
área.
Os Primeiros Veículos
Com a instalação de Família Real Portuguesa no Brasil, instalou-se também a oposição. O primeiro jornal brasileiro, Correio Braziliense, foi criado com bases oposicionistas. Tendo sido editado na Europa por 14 anos seguidos, nasceu dos esforços do gaúcho Hipólito José da Costa. Rebelde, com profundos conhecimentos sociais e pleno ativista, da Costa foi imediatamente considerado um perigo aos poderes reais. Como retaliação aos planos do republicano, D. João VI criou a Imprensa Régia para editar o jornal monarquista Gazeta do Rio de Janeiro. Pode-se dizer, então, que o jornalismo brasileiro tem em suas raízes a controvérsia.
Com o passar do tempo, o Jornalismo foi se
adaptando às épocas, quase como obrigatoriedade de sobrevivência. De maneira
fácil, passou das notícias políticas aos informes sociais e esportivos,
tendendo sempre ao que o já exigente mercado requeria. Por esse aspecto, o
jornalista passou a ser visto ou como inimigo ferrenho ou como aliado
indispensável do político, do esportista, das celebridades sociais.
Nenhuma outra atividade profissional mantém
tantos elos diretos com a sociedade, e a formação desta, que a jornalística.
Talvez nem mesmo a política que, em tese, é a representante mais próxima das
características de uma comunidade. Isto é fato porque, apesar de ter suas
regras éticas específicas e leis regulamentadoras, o jornalismo toca o que a
coletividade tem de mais humano. Desta forma, a maneira como o leitor
compreende uma informação depende de sua formação social e mental. O slogan da
página do OI – Observatório da Imprensa apresenta como pano de fundo uma ideia
da complexa relação entre sociedade e jornalismo: você nunca mais vai ler
jornal do mesmo jeito.
O jornalista João Drummond, no jornal O Globo de
16/10/07, classifica o jornalismo como missão nobre e ingrata, pois é capaz de
levar alegrias e decepções no mesmo momento. As notícias abaixo são capazes de
mostrar a contradição acima.
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