Pesquisar este blog

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Consumir com responsabilidade

01.jpg
O futuro do planeta é um assunto que está no cotidiano das pessoas. Estudos e projeções feitas por analistas ambientais, apontam para a diminuição de recursos naturais nos próximos anos. Para mudar este quadro, a população mundial deve mudar seu modo de vida e aprender a lidar de maneira responsável com o meio ambiente. Repensar a maneira de comprar produtos pode ser uma forma de contribuir para o consumo responsável.
Segundo estudos da ONG (organização não-governamental) Wildlife Conservation Society, localizada em Toronto (Canadá), se toda a população mundial consumisse como os norte-americanos, seriam necessários mais três planetas Terra para suprir a demanda.
No Brasil, a questão tem ganhado importância e amplitude. Criado em 2001, o Instituto Akatu é uma ONG que tem como missão educar, sensibilizar e mobilizar as pessoas para comprar com responsabilidade. A palavra “akatu” vem do tupi e significa, ao mesmo tempo, “semente boa” e “mundo melhor”. “Devemos comprar com consciência. Escolher não é só pegar. O consumidor deve saber as escolhas que faz”, disse a bióloga Maluh Barciotte, consultora da ONG.
Segundo Maluh, que também é doutora em saúde pública e ambiental, o consumo consciente não visa apenas conservar o meio ambiente. Ao adquirir um produto, deve-se saber se a empresa fabricante está em dia com os seus colaboradores. “Devemos evitar empresas que sonegam os direitos trabalhistas de seus funcionários”, disse a bióloga.
O Instituto utiliza várias formas para conscientizar a população. Além de se utilizar da imprensa, o Akatu também mobiliza, desde 2003, estudantes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) a participarem do “Trote da Cidadania pelo Consumo Consciente”. Em vez do tradicional banho de tinta, calouros e veteranos informam a população carente de Campinas sobre como promover a reciclagem e a coleta seletiva.
Incitar a população a ter uma atitude diferenciada na compra de produtos não é tarefa fácil. Quando se adquire um produto ou serviço, a questão do consumo consciente ainda não está tão presente na lista do supermercado. “A minha esposa, quando vai às compras, pensa na marca. Se o produto é de qualidade, ela compra”, disse o pedagogo Renato Baccaro.
Outro problema que pode impedir que a população utilize produtos que estão de acordo com as normas ambientais é o preço. “Os produtos ecologicamente corretos são caros, e assim fica difícil adquirilos”, critica a bióloga Liliana Medeiros. Ela contribui com a natureza separando o lixo e não optando por empresas que não estão de acordo com o meio ambiente.
Há formas de contribuir indiretamente. O Grupo Pão de Açúcar, entre outras empresas, como o Banco Real e a Nestlé, se mobiliza em favor do consumo com responsabilidade. Os fornecedores de sua rede de lojas estão dentro das normas para gerenciar questões ambientais, dentro e fora da empresa. O grupo faz parte do Pacto Global, uma iniciativa sugerida no Fórum Econômico Mundial de 1999, na ONU (Organização das Nações Unidas) que estabelece princípios que vão desde direitos humanos até proteção ambiental.

Osmar Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário